Ontem aconteceu o #NUAnaRUA. Pra quem não sabe, o NUA é o Núcleo Universitário de Arte da UFPI, onde engloba todos os tipos de artistas escondidos pela Universidade. Com a ajuda de patrocinadores, eles juntaram os artistas do campus de Parnaíba e Teresina, no Beco da Boêmia (Porto das Barcas) e fizeram uma exposição de arte, música e outras culturas.
Quando cheguei, fiquei impressionada com o quantidade de pessoas que estavam nos arredores da rua, apenas observando, com olhares curiosos. Reconheci o que era. Medo. Medo do novo. Medo do que não estava dentro dos padrões.
Eu sei porque eu era assim (talvez ainda seja um pouco). Temos aquela mania de andar em bando, andar com pessoas para de uma forma ou de outra nos proteger, caso você dê uma pirada e queira ir ver o que o povo que vive de arte está fazendo. Eu tinha a mania de só ir para onde os outros queriam, de só fazer se os outros fizessem, de agir como os outros agiam, de só ir se os outros fossem. Acabava deixando de satisfazer meus desejos e frustada com as expectativas não realizadas que criava para mim mesma.
Ontem foi também um recomeço pra mim. Resolvi quebrar a barreira que existia entre mim e o novo. Com a minha cara de pau passei por toda a aglomeração de curiosos que olhavam assustados aquele povo tão autentico, pode-se assim dizer, e adentrei aquele mundo que sempre foi tão meu/tão eu. Não precisei de companheiro me dizendo por onde seguir, não precisei de cobertura, nem de recheio, nem de cereja, nem de nada. Minha cara de pau e eu demos conta do recado.
Vi as artes, fiz amigos. Conheci um raio, um artista, uma cigana e uma banda boa. Te falo disso, só pra você saber que, não é necessário ter esse bloqueio que a sociedade nos ensina, ao nosso redor gira o amor, a paz, a serenidade, a luz, a caridade e a fé. Se entreguem a energia e a harmonia que a arte oferece. É surreal.
#PartiuVenderArteNaPraia
1 comentário Adicione o seu